Polícia apreende adolescente suspeita de planejar massacre em escolas e divulgar discurso de ódio em Vespasiano
- Central Vespasiano
- 12 de ago.
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na última terça-feira (12/8), um mandado de busca e apreensão na residência de uma adolescente de 16 anos, no bairro Vale Formoso, em Vespasiano. A jovem é investigada por supostamente planejar massacres em instituições de ensino e por divulgar conteúdos de ódio contra grupos minoritários.
As investigações tiveram início em abril deste ano, após informações repassadas pela Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos de Ódio (Urcod), da Polícia Federal. De acordo com a apuração, a adolescente administrava perfis em redes sociais voltados ao planejamento de ataques e à disseminação de discursos discriminatórios contra a população LGBTQIA+ e pessoas de origem judaica.
Segundo a PCMG, a investigada mantinha contato virtual com outros indivíduos para discutir estratégias e a confecção de artefatos explosivos artesanais, que supostamente seriam utilizados nos ataques. Entre os contatos, havia uma pessoa residente em Bagdá, no Iraque, com quem ela trocava vídeos e informações sobre a construção desses dispositivos.
As postagens atribuídas à adolescente incluíam apologia a ideologias extremistas, menções a criminosos como Theodore Kaczynski e Jeffrey Dahmer, além da divulgação de símbolos nazistas nas redes sociais.
No cumprimento do mandado, os policiais apreenderam um celular e um notebook supostamente utilizados nas práticas investigadas. Durante o depoimento na Divisão de Crimes Cibernéticos, a adolescente teria confessado a autoria dos perfis e o planejamento dos massacres, que incluíam o ataque a uma faculdade, embora sem data e local definidos.
O Juizado competente determinou medidas cautelares, como a proibição de acesso à internet — exceto para atividades escolares —, uso de redes sociais e contato com outros integrantes dos grupos extremistas. Também foi estabelecida a frequência obrigatória à escola, restrição de saída de casa (salvo para compromissos autorizados) e acompanhamento psicológico e psiquiátrico no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e pelo Conselho Tutelar.




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