Justiça nega pedido de exame de insanidade mental para acusado de matar professora, Soraya Tatiana, em Vespasiano
- Central Vespasiano
- 4 de nov.
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A Justiça de Minas Gerais negou o pedido de exame de insanidade mental solicitado pela defesa de Matteos França Campos, acusado de assassinar a própria mãe, a professora Soraya Tatiana, de 56 anos, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A decisão foi publicada na última sexta-feira (31) e divulgada nesta terça-feira (4). De acordo com a juíza Ana Carolina Rauen, responsável pelo caso, não existem elementos técnicos nos autos que indiquem incapacidade mental do réu.
Decisão cita falta de indícios que sustentem incapacidade
Na decisão, a magistrada destacou que o argumento apresentado pela defesa — problemas relacionados a jogos de aposta — não é suficiente para justificar a instauração do incidente de insanidade mental.
“O simples relato do acusado acerca de problemas com jogos de aposta [...] não se mostra suficiente para presumir incapacidade mental. Notadamente quando desacompanhado de qualquer documentação nesse sentido, tratando-se de situação que, por si só, não autoriza a instauração do incidente.”— trecho da decisão da juíza Ana Carolina Rauen.
Réu confessou o crime e ocultou o corpo
Segundo o processo, Matteos confessou ter matado a mãe por enforcamento após uma discussão motivada por questões financeiras. Ele teria utilizado dinheiro destinado a despesas pessoais em apostas online e, ao ser cobrado pela vítima, cometeu o crime. Após o assassinato, o corpo de Soraya Tatiana foi ocultado próximo a um viaduto em Vespasiano.
Ministério Público denuncia por feminicídio e ocultação de cadáver
O Ministério Público denunciou o acusado em setembro deste ano pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. O órgão também pediu o agravamento da pena pelo uso de meio asfíxico e pela dificuldade de defesa da vítima, além da manutenção da prisão preventiva.
Caso seja condenado apenas pelo feminicídio, Matteos poderá enfrentar pena de até 40 anos de prisão, com possibilidade de aumento devido às qualificadoras.




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