Homem com deficiência agredido na estação MOVE em Belo Horizonte denuncia abuso
- Central Vespasiano
- 2 de jun.
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Atualizado: 6 de jun.

Um morador de Vespasiano, diagnosticado com múltiplas condições de saúde consideradas deficiências ocultas, denunciou ter sido agredido por seguranças ao tentar embarcar em um ônibus do sistema MOVE, na estação localizada na Avenida Antônio Carlos, em frente ao SENAI, no bairro Lagoinha, região Noroeste de Belo Horizonte. O caso ocorreu na tarde da última quinta-feira (22).
Caio Adriano Guerra de Souza, de 37 anos, voltava de um tratamento no Hospital das Clínicas e pretendia seguir viagem para Vespasiano. Portador de Esclerose Múltipla, Neuralgia do Trigêmeo, TDAH e Síndrome de Horner — todas respaldadas por laudos médicos —, Caio tentou utilizar seu cartão de trabalho, que estava sem saldo. Em seguida, procurou atendimento pelo interfone da estação para solicitar a liberação do embarque, conforme previsto por lei.
“Disseram que deficiência tem que ser visível”
Apesar da apresentação dos laudos médicos que garantem o direito à gratuidade no transporte público, o pedido foi negado pela equipe de atendimento. Segundo o relato, a situação piorou após ele tentar embarcar junto com uma senhora que teve a catraca liberada.
“Estava exausto, com tontura, sob efeito de medicação e sem comer o dia inteiro. Quando tentei embarcar, fui enforcado por um dos seguranças e puxado com violência por outro”, relatou Caio.
Ele afirmou ainda que, mesmo com a liberação momentânea do acesso por uma funcionária, a decisão foi revogada. Caio também denunciou que seus laudos foram desconsiderados pelos funcionários. “Um deles me disse que deficiência oculta não existe. Eu estava com o cordão de girassol e, ainda assim, fui desrespeitado”, disse.
Sem alternativa, precisou pagar pela passagem. Ele realizou um Pix no valor de R$ 8,20 a uma testemunha presente, que usou seu próprio cartão para ajudá-lo a embarcar.
O caso levanta discussões sobre o desconhecimento e a negligência em relação às deficiências não aparentes, que também são amparadas por leis de acessibilidade e inclusão.
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